sexta-feira, 22 de julho de 2011

Caminho do meio


Caminhar por um lugar com toda a lembrança do que ele foi um dia e contrariamente hoje pode ser.
O céu azul de uma tarde quente, que só de respirar e ouvir o ar traz paz, e o calor do sol que lhe toca, e a energia transbordando ao ponto de ser extra-corpórea.

Preciso calar e somente ouvir o silêncio cauteloso que me acalma,equilibra meus pensamentos
Preciso de qualquer forma continuar nesse rio de correnteza suave,
Preciso ser a ave que canta nos altos sem se preocupar em ser ouvida
E amo tanto o desapego , a libertação ...
Que nesse momento a sensação já não é a prisão .

E o que dizer sobre o refúgio de estar tocando ao chão?
Mesmo tendo asas, não é bom vislumbrar às alturas
O que dizer de ter os pés descalços e conhecer a firmeza dos passos?
Gosto do agora , do impacto imediato a cada toque dos pés criando pegadas  .

Amo o bem , ele vive , ele é duradouro , o bem pra mim sempre é aquele que existe.
O agora ...

Abraçar a mente , discipliná-la ao esforço por iluminação .
Não que seja perfeito , e quem saberá me dizer qual é o rosto da perfeição?

(Eber Vasconcelos)

Um comentário:

Edu Lazaro disse...

Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos, se a tivéssemos. O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito.
Fernando Pessoa

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