sábado, 29 de janeiro de 2011

Noturno e pensamentos soltos


Tudo ...  Nada ... Sempre ... Nunca ... Querer ... Às vezes ...

Meus mundos sangrando pensamentos , gosto de vê-los tão humanos . Quem disse? Fui eu?
Os mundos que sangram são meus !

Nem sei aonde estou , se presente ou passado . Mas amanhã será sempre melhor porque sempre tive uma força que me destrói e renova , o desigual .

Tudo tem tempo de crucifixo ou de redenção , faz parte disso que chamam aqui e agora .

Incomoda-me o fato de amar tanto , tanto que o amor cresce e pune a minha consciência em remorsos de amores .

Mas quero amar mesmo em um penhasco envolvido em nada . Quero sempre... o desigual . Nada às vezes me satisfaz .Ele é a paz de se saber que fez Tudo por esse amor , pois ele se matou e quer renascer desse mesmo Nada .

(Eber Vasconcelos)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Dormir em seu sono


Em seu sono queria estar ,
Ser sua respiração cadenciada .
Queria ser o descanso do seu corpo casto ,
E repousar com você nessa hora calada.

Queria ser o sonho da manhã de primavera ,
O estado do sono antes de despertar ,
E fazê-lo ser eterno .
Parece ser tão terno seus olhos fechados .

E isso é tão real , você deitada .
O seu cheiro logo ao amanhecer .
Minha luz amada ,vem ser meu recanto de paz .

Não acorde , deixe-me ser teu sono .
Descanse ... que te faço sonhar !

(Eber Vasconcelos)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Recriação dos sentidos


Dois se encontram em um .
Os cínicos e curiosos ,
Momentos ...
( Entreolhares )

Momentos ...
Mãos que tateiam : arrepio,
Efeito quase-natural.
( Afagos )

Dizem , pois dizer acaba sendo resultado natural .
Mas não dizem o que outros possam compreender , só eles sabem ...
( Falas interdependentes )

Aroma , parece haver uma certa fumaça que entorpece e sutilmente some .
( Esfumaça amores )

Recriar ... ( Inovar sentidos )

(Eber Vasconcelos)


sábado, 15 de janeiro de 2011

Existe ?


Quem é o Deus soberano que sorri com nossos louvores?
Quem ? Por que não responde? Não podemos ver as dores em Jesus Cristo ...
Nós somos indiferentes e nem sabemos como voltar
Sempre que amamos aprendemos a odiar.(um extremo anulou ao outro)


Existe desorientação generalizada,
Existem feridas não cicatrizadas.
Nós servos já sofremos em nossas carnes
E talvez por isso sequer saibamos o adorar com o prazer do sorriso .


Não existem mais pastores.
Ninguém consegue mencionar Seu nome com digno respeito e crença.
Por que tanta presença de hipocrisia? Por que tanta adoração ao ego?
Por que os "pastores" não guiam as ovelhas a Jesus,será que estão cegos?


Parece acontecer uma venda generalizada de almas ao diabo.
Todos abrem mão do mais sagrado e se deleitam no profano.
Por que há mais rituais do que amor? Por que se preocupam com causas e não com pessoas?
Todo o essencial chegou ao cabo?
Tudo está vazio. Por que todos os sábios são ditos insanos?


Eu digo que estou cansado,por mim e por todos ...
Me excluir dessa massa de auto-destrutivos humanos seria hipocrisia,
Pois estou tão afundado nisso e forjo em superfície a alegria.


Decididamente amar e receber indiferença destrói.
E a culpa já não é mais minha se os fatores externos bombardeiam.
A culpa não é minha se o descaso me mói como bagaço inútil.
Então, os pensamentos negativos me rodeiam.


E no fim todos chegaremos a ser e estar em um mesmo lugar ...


(Eber Vasconcelos)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Eu sou o amor! (Patrícia Fabiana Beckenkamp)

 Sou sua melodia perfeita e seu ritmo preferido,
Beleza e perfume em um jardim florido.
Me embriago em melanina para satisfazer os meus desejos.
Dos seus olhos sou a menina, da sua boca um doce beijo;
Sou sua voz suave num sussurro ao meu ouvido,
Pelos fones eu viajo, em sua mente eu me abrigo,
O seu corpo eu percorro como um breve arrepio
De prazer ou de pavor...
Não importa; eu sou o amor!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Corpos molhados


Lábios... lábios... se encontram ,sim se encontram.
Corpos... corpos... se amam,se curtem,ah... assim... amor.

Pare de aprisionar a mente com a imagem da sua boca vermelha,
Pare de morder sua boca do jeito que sabe que provoca.

O que fiz ? Diga o que fiz pra merecer esse desejo de  te ter toda minha?
Que paixão é essa que surge do nada em uma noite chuvosa?
Que vontade é essa de estar na chuva? e a chuva a nos molhar nus ...  e a nossa nudez a se misturar como água.

Mulher , me ame , mas me ame hoje.
Mulher , me incite, mas não me prenda em seus desejos.
O que quer? Fazer-te de mim seu jogo de sedução?

Se jogo de sedução , se corpos molhados na chuva , se pensamentos , se prisões , se lábios ...
É a noite de hoje . Não tem de pedir explicações! Sonhe e se deixe sonhar.

(Eber Vasconcelos)

domingo, 2 de janeiro de 2011

Rompimento



Se desfaz ...
                   Se desfaz...
                                     Se desfaz...


Milhares de peças de um quebra-cabeças espalhadas ao chão.
Os sorrisos de todas as manhãs de sábado.
Os beijos de todas as tardes de verão.


Se desfaz...
                  Se desfaz...
                                    Se desfaz...


Os abraços de todos os amigos perdidos em todo tempo e estação.
Aquele conselho,aquela conversa,aquela risada.
Foi embora da família um irmão.


Acabou os olhares da mulher apaixonada lhe fitando.
Acabou a irmandade de um amigo.


Não amas a nenhuma mulher senão aquela, e já não tem amigos.


                               Se refaz...
               Se refaz...
Se refaz...


As várias peças de um quebra-cabeças espalhadas ao chão.
Novos sorrisos em novas tardes ensolaradas,agora de domingo.
Beijos de todas as noites de verão.


                              Se refaz...
               Se refaz...
Se refaz...


Os abraços de novos amigos encontrados em um novo tempo e estação.
Aquele conselho,aquela conversa,aquela risada. 
Volta a construir uma nova família,um novo irmão.


Começou novamente os olhares de uma mulher apaixonada lhe fitando.
Começou a irmandade de um novo amigo.


Uma mulher te ama e um novo amigo você conhece.


Contudo,a saudade corrompe e nos pegamos a lembrar de tudo desfeito
Como se de certa forma a imagem do quebra-cabeças não tivesse deixado de existir no tempo.


Saudosa lembrança...


(Eber Vasconcelos)

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