segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Teu toque,meu pecado



Hoje eu nem quero saber , quero morder essa sua boca .
Acariciar esse corpo , tocar em seus sentidos , lhe fazer delirar .
Hoje eu quero seu pecado , amanhã me confessar .


Por que olhas desse jeito ? Querendo mostrar desejo ?
Quer me fazer refém , quer me maltratar .
No dia que te toco , te tenho , te tenho , te amasso na parede , depois nem vejo ...
Já sou seu e você é minha .


Já nem preciso de mim quando tenho você .
Mas tendo você parece que me perco em mim .
Talvez seja mais nova , um ano só ...
Mas , quando é mulher ... é a melhor .


Escrevo pensando em nosso momento juntos ,
Momento que de tão juntos e permissivos , sorrimos prazeres .
Eu quero essa hora desse conjunto de tempos inconfessáveis .
Quero os prazeres do seu corpo , da tua vida , que me fizestes ver como amáveis .


(Eber Vasconcelos)

domingo, 19 de dezembro de 2010

Retrocesso

Retrocesso escrito em quarta 19 maio 2010 15:04



É tão difícil se entregar...
O medo do desconhecido.
 Então há o retrocesso,
E a alma mais uma vez está só.

O caminho longo não me
Deixa vê-lo, mas a
Esperança me faz seguir,
Ir em frente.

Posso ver além da
Redoma de vidro, mas
Não posso quebrá-la.
Então há o retrocesso.

Você agora também se sente só.

Sabemos bem lá no fundo
O que buscamos, só não
Sabemos como, então
Novamente o retrocesso.

vixl/2010

domingo, 12 de dezembro de 2010

Chão de gelo fino



 A caminhar sobre gelo fino tentava entender esse chão gelado que me tocava aos pés.Vi abaixo do gelo outro homem sufocado tentando sair,batendo no gelo com tal força,me encarando de uma forma assustadora e confusa.

 Sabe,meus pés estavam em carne viva de vermelhos,descalços naquela imensidão gelada.Tentei abaixar -me e ajudar o outro homem,o via sendo sufocado por águas gélidas.Se desse pra ver bem sua cor através daquele gelo saberia que era mais branca que o normal.


 Bati meus pés forte no chão,rachaduras e estalos...


 Quando me vi estava acordando e  agora quem estava abaixo do gelo era eu.E... quando tentava nadar ao alto e quebrar o gelo pra me salvar vejo outro homem lá em cima observando da mesma forma incógnita a minha aflição.


 Mesmo sem o discernimento adequado,devido a águas que já invadiam o cérebro,percebi que era eu o tempo todo aquele homem que queria salvar.Contudo o curioso,o mais curioso... é que o homem acima do gelo estava em paz,e o que estava abaixo em estado de aflição.Então é isso... O gelo é a divisão entre esses dois mundos,aflição e paz. E caminho entre esses mundos: A paz tentando me salvar da aflição,e a aflição tentando me prender abaixo do gelo,me tirando a paz.


(Eber Vasconcelos)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Espinhos


Dia de desgosto,fúria!

Escrevo aqui como se pudesse esmurrar qualquer injúria.

Nasci com um destino,

Desde menino alçava o céu.



Não admito que me olhe!

Não admito que fale sobre mim!

Porque eu sou o bem que você jamais viu,

Sou o homem que você jamais ouviu falar.



Hoje sinto ódio

Como se a cabeça doesse.

Como se fechasse algo ruim por dentro.

O raciocínio fica lento...

Quero só destruir...



Parece,a destruição,um remédio.

Um remédio com seus efeitos colaterais.

Você viu Deus passar?

Viu Seus passos acompanharem aos meus?

Provavelmente não...

Me perdi desse caminho.



Fiz do amor minha rosa,amei.

Senti o cheiro da mulher que seria pra vida inteira à distância,chorei.

Chorei sua beleza intocável.

E o que me sobrou foram espinhos.

E os espinhos da carne... hoje corrompem a alma.



Deus abençoe,livre e guarde...



(Eber Vasconcelos)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Abrigo da noite


 Uma casa estava vazia,escura,com alguns pontos somente de luz, haviam ecos que iam e viam do nada . Da janela a luz entrava parecendo contemplar o corpo que chora sua beleza em um canto .O canto era só...entoado . Uma mulher soluçando deitada,uma angústia sem carinhos,um corpo em rosas e espinhos.
 Ninguém entrava naquele lugar,era abandonado por sabe se quem,mas alguém quis morar nesse lugar e viver sua paixão nua. A casa  recolhia todos os dias dessa mulher . Ela,abraçada ao desejo,não compartilha sua vontade de perder-se.
 Um dia fui visitá-la com meus poemas rimados,com minhas vontades,com meus sorrisos,com meus carinhos,com meus desejos... Ela me recebeu coberta por um lençol de seda,ela chorou seu passado em meus ombros,ela me amou por toda noite sem saber quem eu era.
 O dia nasceu... Fui embora pensando nela,fui embora e o dia nunca mais voltou...
(Eber Vasconcelos)

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